segunda-feira, 18 de maio de 2009

Offline -> Online


               Desde que o homem é homem, sua evolução sublima sobre a superfície da terra; basta olhar ao redor e perceber as transformações a nível social, ambiental, econômico, intelectual e por conseqüência, tecnológico. Nada ou quase nada do que se vê hoje, enquanto criação do homem, esteve sempre aqui. E a comunicação como instinto inerente a ele, se fez combustível para novas descobertas: a invenção da escrita pelos sumérios, o alfabeto pelos gregos, a imprensa com Gutenberg e a descoberta de suportes que viabilizassem a passagem móvel da informação, fez o homem aflorar o seu desejo de conhecer/entender o mundo e acabar rompendo as fronteiras do tempo e espaço. A partir daí foi uma evolução inevitável.

            As mídias foram sendo criadas das mais variadas formas e conquistaram espaços muitas vezes além dos esperados. Desde o surgimento da escrita com os pré históricos ideogramas, assim como a fotografia, o rádio, o cinema, a TV; deram início a uma nova era a qual se expande a nível global de forma acelerada. Sobretudo, essas mídias desempenham papel de relevância ímpar na formação e construção da visão de mundo, uma vez que leva a informação e conhecimento para o dia a dia. Com a chegada dos computadores e por conseguinte a internet; a interatividade se torna mais visível. A comunicação é interativa virtual e o papel educativo dessa nova mídia reproduz um mundo mais flexível ao espectador que agora não só recebe a notícia, mas que também constrói e interage com ela. 


             Um “novo” veículo que alcança todas as esferas sociais é cultural, educacional e economicamente restritivo. Na sua época de expansão, a parcela da população privilegiada financeiramente é quem detinha o “mundo em suas mãos”, sendo assim mais uma vez os fatores econômicos interferentes na relação de interface. Não existe nenhum segmento da sociedade que não tenha sido transformado e revolucionado com a chegada das mídias, em especial: os computadores. Isso é inegável. Um dos fatores singulares que garante o sucesso da Comunicação Mediada por Computadores(CMC) é a capacidade de integrar e gerir uma diversidade de expressões culturais provenientes dos quatro cantos do globo. A sua diversificação juntamente com a versatilidade introduz modalidades que contribuem para a possibilidade de junção de interesses, valores, e até conflitos sociais. As demais mídias buscam cada dia mais se manter em nível de iguadade, mudando suas programações e relação com os espectadores, mas muitas vezes, esforços sem sucesso.

Vejamos o "outro lado da moeda"...

            A transformação já citada anteriormente fez com que novas formas de passagem de conhecimento fossem criadas, como já se imaginava, o homem agora passou de mero espectador para gerar, compartilhar e consumir informações, produzindo assim conteúdos relevantes para a vida de outros indivíduos. O meio jornalístico passa a ser dinâmico, saímos da cultura offline para a on-line.

           É a partir dessa questão que se fazem algumas perguntas: O que será da mídia impressa, já que “tudo” tende a ser virtualizado? E do jornalismo profissional? Estaria ele com os dias contados?

            Primeiramente tentarei clarear o caminho com um dos famosos teóricos da comunicação: Lasswell. O seu modelo proposto em 1948, construído a partir da evolução da teoria hipodérmica. Suas premissas para descrever o processo de comunicação de massa eram processos assimétricos com um emissor ativo, que produz o estímulo e uma massa passiva que reage ao estímulo, assim a comunicação é intencional e tem por objetivo um efeito já determinado, a manipulação.

            A partir dessas concepções percebemos que um dos fatores da mídia é manipular e gerar efeitos já esperados pelo emissor. Desse modo, a mídia é impregnada de intencionalidades as quais captam uma ação já pré-meditada, mas também funcional. Contudo, hoje em dia não se pode mais dizer que somente o emissor é ativo, uma vez que a interatividade envolve tanto o receptor quanto o emissor, sendo dessa forma uma via de mão dupla; o receptor recebe a mensagem e a reenvia.  

            A funcionalidade das mídias on-line amedronta a mídia impressa(off). Mas a problemática que se forma é quanto a eficácia de um programa on-line que garanta tanto a interatividade que estimula o espectador quanto o papel funcional e profissional fornecido pelas mídias impressas. A competência das novas mídias são muitas vezes duvidosa, mas nem sempre inútil. Há sempre algo informacional ou crítico que se possa ser retirado como material para assuntos relevantes. O ser que se ocupa dessa arte não só constrói uma nova forma de se ver o mundo como também escreve uma nova linha de comunicação entre as pessoas, o que torna a versatilidade e multiculturalismo da internet algo indiscutível. A manutenção das mídias impressas será artigo de luxo ou ousadia e o jornalismo profissional deixará seu marco na história, mas perderá sim sua força, já que todos podem ser “jornalistas”.

            Hoje, a [r]evolução das mídias é apenas um transtorno da passagem de mudança da mentalidade. Difícil não será acreditar que essas novas fontes midiáticas interativas tenha tanta credibilidade quanto a do papel, mas acreditar na credibilidade de que o homem comum produz conteúdos de relevância para homens comuns.

O novo sistema de comunicação transforma radicalmente o espaço e o tempo, as dimensões fundamentais da vida humana.” Manuel Castells (1999)

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Referências Bibliográficas:

 - http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-263.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Gutenberg

http://www.youtube.com/watch?v=U2LcBmoE6Ws

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede ; tradução: Roneide Venâncio Majer – São Paulo: Paz e terra, 1999.

- Debate entre Steven Johnson e Paul Starr


domingo, 17 de maio de 2009

Descontraindo

A evolução das mídias foram de grande importância pra designar o que hoje é chamada comunicação...
De forma muito dinâmica(fundamental nas mídias atuais) vejamos uma representação dessa [r]evolução.